quinta-feira, 6 de junho de 2024

Será que meus textos estão sendo plagiados?


Será que meus textos estão sendo plagiados?

Estou no meio da criação do primeiro livro da Série "Auditando Tudo" e, por eu estar publicando algumas partes em blog e redes sociais, me veio a dúvida - com um misto de receio - de estarem sendo copiados ou plagiados. Então, perguntei ao ChatGPT se existia alguma forma de verificar isso. Eis a resposta.


Sim, existem várias maneiras de verificar se seus textos publicados em sites ou livros estão sendo plagiados. Aqui estão algumas abordagens que você pode usar:

### 1. **Ferramentas de Verificação de Plágio Online**

Existem várias ferramentas online que permitem verificar se o seu texto está sendo usado em outros lugares. Algumas das mais populares incluem:

- **Copyscape**: Um dos serviços mais conhecidos, permite verificar se o seu conteúdo online está sendo copiado em outros sites.

- **Grammarly**: Além de verificar a gramática, Grammarly também oferece uma funcionalidade de verificação de plágio.

- **Turnitin**: Principalmente usado em ambientes acadêmicos, Turnitin pode ser útil para verificar plágio em textos mais longos e complexos.

- **Plagscan**: Outra ferramenta robusta que permite verificar a originalidade de textos.

- **Small SEO Tools**: Oferece uma ferramenta de verificação de plágio gratuita e fácil de usar.


### 2. **Alertas do Google**

Você pode configurar alertas do Google para monitorar a web em busca de seu conteúdo. Vá para [Google Alerts](https://www.google.com/alerts) e configure alertas para frases ou trechos específicos do seu texto. Sempre que o Google encontrar essas frases, você receberá uma notificação por e-mail.


### 3. **Buscas Manuais no Google**

Copie trechos do seu texto e cole-os no Google entre aspas. Isso faz com que o Google procure exatamente por essa frase. Se outros sites estiverem usando seu texto, eles devem aparecer nos resultados de pesquisa.


### 4. **Propriedades de Metadados e DRM**

Para livros, especialmente e-books, usar Digital Rights Management (DRM) e metadados adequados pode ajudar a proteger e rastrear o uso de seu conteúdo.


### 5. **Serviços Profissionais de Monitoramento de Conteúdo**

Existem empresas que oferecem serviços de monitoramento de conteúdo, ajudando a rastrear onde e como seu conteúdo está sendo usado. Alguns exemplos incluem:


- **Attributor (Digimarc Guardian)**: Fornece serviços de monitoramento e proteção de conteúdo digital.

- **Copyleaks**: Oferece soluções para monitoramento contínuo de conteúdo na web.


### 6. **Registros e Marcas d'Água**

Para textos que você publica em formatos PDF ou outros documentos digitais, você pode usar marcas d'água visíveis ou invisíveis para identificar seu trabalho. Isso pode ajudar a rastrear a origem do texto se ele for encontrado em outros lugares.


### 7. **Consultoria Legal**

Se você encontrar seus textos sendo plagiados, pode ser útil consultar um advogado especializado em direitos autorais para entender suas opções legais e possíveis ações que podem ser tomadas.


### 8. **Comunidade e Redes**

Participar de comunidades e redes de autores pode ajudar a ficar informado sobre práticas de plágio e maneiras de proteger seu trabalho. Compartilhar experiências com outros escritores pode oferecer insights valiosos.


Ao usar essas abordagens, você pode aumentar significativamente suas chances de identificar e lidar com casos de plágio de seu trabalho.


Surpreendente (pelo menos para mim!) a completude das informações e a rapidez com que foi disponibilizada. 

Deixo aqui como forma de manter arquivo dessa consulta e para auxiliar quem estiver procurando algo semelhante.

domingo, 21 de abril de 2024

Manual de Perícia em Extratos Bancários - Conclusão

Imagem criada com IA (leonardo.ai)

 As transações financeiras são, nos dias atuais, por conta da alta bancarização e regulamentação, quase que totalmente feitas por intermédio de bancos e registradas em contas correntes. Os extratos, que são os documentos oficiais que demonstram a movimentação bancária, são utilizados em processos judiciais como instrumento de prova da realização ou não de determinada transação. Cada banco adota um formato próprio para seus extratos, com códigos de diferentes, situação que cria dificuldades ao trabalho do perito judicial, quando este profissional é chamado a manifestar-se no processo. 

As pesquisas bibliográficas realizadas para a elaboração deste trabalho não encontraram obras que trouxessem abordagens específicas sobre o exame de extratos bancários como provas em processos judiciais. Essa carência de referências teóricas e metodológicas, embora tenha elevado a exposição do trabalho a riscos de inadequação ou mesmo de erro, proporcionou ao autor a trabalhar com algo de inédito tratamento teórico-metodológico, o que, por sua vez, requereu extremo cuidado e respeito ao método científico. 

Apresentados os conceitos de perícia e de perícia contábil encontrados na bibliografia pesquisada e as normas aplicáveis à atividade, foi destacado que o perito atua utilizando seu conhecimento técnico para auxiliar a tomada de decisão de alguém – no caso dos processos judiciais, o Juiz – a ou para esclarecer ponto até então entendido como obscuro sobre algum assunto ou situação. 

Perícia é uma atividade que envolve conhecimento e experiência daquilo que será periciado, portanto, o perito é uma pessoa conhecedora e experimentada em certos assuntos que examina fatos e objetos para reportar e opinar sobre questionamentos levantados pelas partes interessadas no objeto sob exame. 

As normas que incidem e regulamentam o trabalho do perito contábil judicial são, principalmente, o próprio Código de Processo Civil, principal lei que rege o processo judicial no Brasil, e as normas específicas emanadas do Conselho Federal de Contabilidade (CFC), tais como as Normas Brasileiras de Perícia Contábil NBC TP 01, de 2015, que estabelece regras e procedimentos técnico-científicos a serem observados pelo perito, e NBC PP 01, também de 2015, que estabelece procedimentos inerentes à atuação do contador na condição de perito. 

Várias partes podem intervir ou, pelo menos, ter algum interesse no trabalho pericial, tais como contratantes, juízes, advogados, partes do processo judicial etc. Assim, o trabalho do perito judicial, embora direcionado a atender a uma determinação do Poder Judiciário, não pode deixar de lado as demais partes interessadas, seja para obter subsídios importantes para a perícia, seja por que fornecerá informações relevantes para alguns. 

O desenvolvimento do trabalho do perito foi descrito no primeiro capítulo desta obra, em linhas gerais e com base na NBC TP 01, desde o planejamento (etapa voltada ao conhecimento do objeto, definição da natureza e extensão dos exames, condições e recursos do trabalho etc.) até a apresentação do laudo pericial, que tem seu conteúdo definido no art. 473 do CPC. 

O laudo pericial contábil é o documento em que o perito registra suas opiniões sobre o assunto examinado e que deve conter, também, o conteúdo da perícia, os aspectos e as minudências que envolvam o seu objeto e as buscas de elementos de prova necessários para a conclusão do seu trabalho. No encerramento do laudo pericial contábil ou do parecer pericial contábil, o perito deve consignar, de forma clara e precisa, as suas conclusões. 

Aspectos de ordem ética e moral no trabalho do perito merecem destaque no momento da elaboração e entrega do laudo pericial, pois qualquer tipo de interferência que tenha desvirtuado seu objetivo ou mudado de alguma forma a obtenção da verdade macula a Justiça aplicada ao caso concreto. 

Os extratos bancários como elemento a ser periciado é a abordagem deste trabalho. O extrato bancário é documento que reúne todas as informações bancárias feitas em determinada conta, em uma instituição financeira em determinado período. Assim, o principal conteúdo de um extrato bancário é a movimentação de entrada e saída de dinheiro da conta bancária. 

Uma vez que cada banco adota um formato próprio em seus extratos, os clientes que têm contas em vários bancos enfrentam muita dificuldade na leitura e interpretação das informações daqueles documentos. Se para os próprios clientes já existem dificuldades, ainda mais para outras entidades tais como órgãos de fiscalização e o Poder Judiciário. 

Os extratos são úteis para garantir a exatidão do saldo bancário e essencial para um controle de fluxo de caixa eficiente, permitindo a realização de conciliação de saldo, que consiste na comparação entre o saldo de uma conta bancária e as informações externas que geraram aquele saldo. A conciliação envolve três passos básicos: monitoramento dos fluxos de caixa nos extratos bancários; confronto com as informações internas e registros de pagamento e recebimentos; correção de erros e informações não previstas. Este processo, apresentado no Capítulo II, é de fundamental importância na realização da perícia contábil em extratos bancários. 

Um dos objetivos deste trabalho é sugerir um método para periciar extratos bancários, um meio para fornecer certa confiança ao conhecimento obtido no exame de extratos bancários. Esta etapa da obra também é útil para iniciar um estudo sobre a necessidade de criação de um método específico para o exame de extratos bancários ao invés de se utilizar aqueles já existentes no campo da perícia contábil. 

Ao sugerir um método específico para periciar extratos bancários emitidos por bancos diferentes, foram apresentadas formas de normalização das informações existentes nesses documentos – para padronizar os dados e facilitar o entendimento – e de como produzir papéis de trabalho adequados – que balizarão a realização dos testes e sustentarão a elaboração do laudo pericial.

Normalização de informações – assunto oriundo da ciência da computação – visa preservar a consistência da informação e evitar problemas que podem provocar falhas no banco de dados, bem como eliminar a mistura de assuntos e as correspondentes redundâncias desnecessárias de informações. Nesta obra, normalizar um extrato significa padronizar as informações de diversas fontes (bancos) tornando a base dos testes mais próximas do ideal para permitir a maior segurança possível. 

A normalização é um dos principais pontos do método sugerido, pois permite primeiro identificar a parte do extrato que contém as informações da movimentação financeira – normalmente situada logo após o cabeçalho –, que inicia com uma linha com a data, o histórico e demais informações de cada lançamento efetuado na conta. Utilizar exemplos de extratos de vários bancos neste trabalho auxiliou o entendimento do método e permitiu a visualização das principais etapas que o compõem. 

Após a padronização gerada com a normalização das informações, o perito terá em mãos os dados brutos para fazer exames, cálculos e outras manipulações que atendam aos seus objetivos na análise e conforme definido no planejamento do trabalho. Por isso sugere-se como boa prática o uso de aplicativo de planilha eletrônica, que inclusive poderá conter estrutura com os papéis de trabalho do perito contábil. 

As limitações de tempo e custo, aliadas a uma grande quantidade de lançamentos, nem sempre permite o exame de todos os elementos de uma coleção de lançamentos. Este foi o mote para que fosse abordada a ferramenta da amostragem, que significa examinar apenas uma parte da população utilizando-se de cálculos estatísticos que dão sustentação científica à técnica. O ponto primordial para uso ou não de amostragem é a definição da população a ser examinada e isso vai depender do que o Juízo e as partes pediram no processo. 

Os papéis de trabalho – outro ponto importante do método proposto –devem ser utilizados para evitar a geração e guarda de grande volume de documentos e para registrar as descobertas realizadas, comprovando o trabalho cumprido. Para tanto, faz-se necessário zelo especial por parte do perito no processo de registro das informações produzidas de forma a garantir a qualidade da entrada e, por conseguinte, maior confiabilidade das informações e conclusões produzidas. Registros realizados de forma equivocada podem gerar informação incorreta para os diversos usuários, principalmente ao Juízo. 

Concluindo, este trabalho focalizou o tema da perícia contábil judicial realizada em extratos bancários de diferentes instituições financeiras, na busca pela resposta à seguinte questão: é possível fazer uma perícia contábil judicial adequada e segura em extratos bancários diante das diferenças existentes entre os documentos fornecidos por instituições bancárias distintas? Como demonstrado acima, entende-se que existe essa possibilidade e a apresentação de método específico para exame de extratos bancários é a evidência dessa conclusão principal. 

No caminho seguido para o desenvolvimento do tema, foram vencidos outros objetivos daquele trabalho inicial, também refletidos aqui neste manual. Foram apresentadas e discutidas as diferenças existentes entre extratos emitidos por bancos diversos, tendo sido apresentados exemplos de extratos de contas correntes de quatro bancos brasileiros, cujos nomes foram suprimidos como também os dos correntistas – para atender a questões de sigilo bancário imposto por lei. Aquela discussão permitiu avaliar como estas diferenças interferem no trabalho da perícia contábil judicial, pois a falta de padronização dificulta o entendimento e a realização de cálculos e, por conseguinte, a segurança do exame pericial. Outros tipos de extratos podem ser objeto de novas pesquisas e obras desse gênero, tais como extratos de operações de crédito, extratos de aplicações financeiras, extratos de contas vinculadas etc. 

A importância da perícia em extratos bancários para a segurança da decisão judicial foi demonstrada quando se verificou que os extratos constituem efetivas e importantes provas em processos judiciais e administrativos, revelando que a perícia bem feita nessas peças probantes traz mais segurança para a decisão do Juízo.  

O atingimento desses objetivos – discussão sobre as diferenças, sua interferência na perícia e a importância do trabalho pericial para a segurança jurídica – permitiram sustentar a proposição de um método de realização de perícia judicial contábil em extratos fornecidos por bancos diferentes. Método que tem sua base principal nas etapas de normalização das informações extraídas dos extratos bancários e de elaboração de um robusto conjunto de papéis de trabalho que permitam o registro das constatações, evidências e demais informações relevantes obtidas pelo perito.

Ficou claro como a luz do Sol que o uso de planilhas eletrônicas é de suma utilidade, tanto para facilitar o uso das diversas informações contidas nos extratos, quanto para documentar os testes e auxiliar na redação dos resultados. Um ponto que pode ser abordado em futuras pesquisas e obras dogênero é o uso de softares de business inteligence (BI), tal quais o Microsoft Power BI ou o Oracle BI, pois permitem aprimorar o tratamento dos dados e, principalmente, a apresentação dos resultados de testes e pesquisas. 

 Este trabalho pretendeu conduzir o leitor à compreensão da importância do assunto e da necessidade de um método de perícia em extratos bancários. Afastada a pretensão de esgotar o assunto, também visou lançar o tema para discussão de forma a incentivar novas pesquisas e outras abordagens que diminuam o vácuo bibliográfico e conduzam o assunto a um patamar mais elevado, contribuindo para a melhoria do processo de perícia contábil judicial tanto na seara teórica como na prática.


Link para o livro impresso: https://www.amazon.com/dp/B0CWXJYJCB

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sexta-feira, 9 de fevereiro de 2024

Manual de Perícia em Extratos Bancários - Introdução

 

Imagem criada por IA (https://app.leonardo.ai/)

Manual de Perícia em Extratos Bancários - Introdução

A necessidade de análise de extratos bancários é corriqueira no Poder Judiciário, pois essas peças constituem importante elemento de prova nas ações judiciais, notadamente naquelas em que são discutidas transações bancárias, tais como pagamentos de dívida, lançamentos indevidos em conta corrente ou crédito de salários e similares. 

Atualmente, praticamente toda transação financeira é realizada por meio de bancos e são registradas em contas bancárias, que, por sua vez, têm a movimentação demonstrada em extratos. Estes documentos são utilizados em determinados processos judiciais para provar a realização ou não de determinada transação. Tais documentos não têm padronização, uma vez que cada banco adota um formato próprio, com códigos de diferentes e formas de entrega distintas. Tal situação cria obstáculos ao trabalho da perícia, criando riscos para a elaboração do parecer técnico e podendo influenciar negativamente a decisão judicial. 

Este manual focalizará o tema da perícia contábil judicial realizada em extratos bancários de diferentes instituições financeiras, na busca pela solução do seguinte problema: é possível fazer uma perícia contábil judicial adequada e segura em extratos bancários diante das diferenças existentes entre os documentos fornecidos por instituições bancárias distintas?

Dessa forma, a pesquisa realizada objetivou responder a esta pergunta demonstrando como realizar uma perícia judicial contábil em extratos fornecidos por bancos diferentes que permita a emissão de opinião adequada aos normativos vigentes e com a segurança que a prestação judicial requer. De forma subjacente, o trabalho também proporcionou demonstrar a importância da perícia em extratos bancários para a segurança da decisão judicial, conhecer as diferenças entre extratos emitidos por bancos diversos, avaliar como as diferenças existentes entre extratos emitidos por bancos diversos interferem na perícia e, ao final, propor um método de realização de perícia judicial contábil em extratos fornecidos por bancos diferentes. 

A perícia tem por objetivo a prova, ou seja, servir como elemento para uma decisão do Juízo. Na prática, a perícia é a aplicação do conhecimento humano com a finalidade de desvendar algo que não está evidente, mostrar o que não está claro para quem está julgando, analisando aquilo que está em discussão entre duas ou mais partes. 

A multiplicidade de formatos dos extratos bancários provoca a necessidade de muito cuidado e pesquisa por parte do perito judicial para a emissão segura e precisa de seu parecer contábil. Essa diversidade tende a criar obstáculos para a realização de uma perícia exata e segura. O aprofundamento na pesquisa e estudo dessa matéria pode trazer luz sobre o vácuo existente com consequentes benefícios para a área da perícia judicial. A carência de referências teóricas e metodológicas sobre este assunto específico – perícia em extratos bancários – eleva a exposição do trabalho do perito judicial a riscos de inadequação ou mesmo de erro, na medida em que deixa de fornecer base sistemática para as conclusões e pareceres. 

Nesse diapasão, esta obra se propõe a relatar, pelo olhar profissional e prático, quais os caminhos a seguir para oferecer aos magistrados a verdade do ponto de vista da contabilidade através do laudo pericial contábil gerado após a análise de extratos bancários, dirimindo as dúvidas existentes na defesa dos diversos interesses envolvidos numa discussão jurídica. 

A bibliografia sobre perícia contábil é relativamente escassa. Alberto (2012) destaca que a carência de produção literária específica de áreas especiais do conhecimento não é novidade no Brasil e que no caso das especializações da atividade contábil não é diferente. 

A abordagem específica do exame sobre extratos bancários é praticamente inexistente. Nos livros consultados para a elaboração deste trabalho, o tema não foi encontrado. Conforme ensina Magalhães (2017), diante das dificuldades em acessar esse complexo de normas processuais, conhecimentos necessários ao exercício pericial, levanta-se a questão de recriar meios bibliográficos acessíveis aos acadêmicos, docentes, contadores e outros profissionais, para resolver problemas inerentes aos métodos alternativos e às práticas periciais aplicáveis. 

A inexistência de bibliografia, ao passo que trouxe dificuldades em dar sustentação teórica ao estudo, levou o autor a trabalhar com algo inédito, o que, por sua vez, requereu extremo cuidado e respeito ao método científico, seja para que não se criasse informação inútil – ou até mesmo desastrosa, pois poderia influenciar decisões que impactam a vida de pessoas – seja, e principalmente, para que se primasse pela qualidade do que iria ser elaborado como novo conhecimento. Assim, o estudo da perícia em extratos bancários surge também como importante instrumento para mitigação de riscos incidentes no trabalho do perito contábil judicial de forma a auxiliar os juízes a entregarem o Direito com mais Justiça. 

A pesquisa realizada para trabalho de conclusão de curso que serviu de base para este livro seguiu a abordagem teórica qualitativa, na medida em que o objeto do estudo não foi encontrado na bibliografia sobre perícia contábil, carecendo de análise exploratória e da criação de uma base de conhecimentos para só depois avaliar se é possível quantificá-los. Os autores consultados não abordaram o tema nas suas obras sobre perícia, deixando interessante brecha para um tratamento específico do assunto em um trabalho acadêmico. Assim, a opção seguida foi utilizar o conteúdo de cunho geral encontrado sobre perícia contábil como base conceitual e teórica para sustentar as novas abordagens, informações e técnicas que, em seguida, moldariam o método sugerido. 

Após a pesquisa bibliográfica e geração da base teórica da parte geral sobre perícia contábil, foram investidos esforços em analisar extratos de algumas instituições financeiras, como subsídio prático e de testes para a aplicação da teoria de perícia em extratos bancários até então proposta. Neste momento, recorreu-se a uma abordagem quantitativa, como o objetivo de compreender os fenômenos, preferências, comportamentos e outras situações, conforme era indicado. 

Este manual está dividido em três capítulos como desenvolvimento do tema e se encerra com um capítulo de conclusão: 

Capítulo I – Importância da perícia contábil para o processo judicial: apresentação do assunto tratado no trabalho, partindo dos conceitos e tipos de perícia, passando pelas normas incidentes no trabalho do perito contábil, apresentando outras partes interessados no resultado das perícias, descrevendo resumidamente o trabalho do perito contábil e rapidamente abordando a peça principal da perícia, que é o laudo. 

Capítulo II – Extratos bancários como elemento a ser periciado: apresentação do objeto da perícia que é abordada neste trabalho, que é o extrato bancário, iniciando com a conceituação e distinção, passando pela análise da diversidade dos extratos conforme a instituição que os emite e finalizando com a abordagem da utilidade dos extratos bancários como elemento de prova. 

Capítulo III – Sugestão de método para periciar extratos bancários: apresentação e discussão de método para realizar perícia judicial em extratos bancários, no qual a principal etapa seria a normalização das informações, necessária para padronizar os dados, seguindo para a elaboração dos papéis de trabalho, continuando o texto explicando a consolidação dos testes e finalizando com a elaboração do laudo pericial. 

Conclusão: apresentação dos resultados e conclusões obtidos na pesquisa e demonstração de que os objetivos gerais e específicos do trabalho foram atingidos. 

Longe de pretender esgotar o assunto, mas conduzir o leitor à compreensão da importância do assunto e da necessidade de um método, esta obra também pretende lançar o tema para discussão de forma a incentivar novas pesquisas e outras abordagens.


terça-feira, 30 de janeiro de 2024

Manual de Perícia em Extratos Bancários - nova obra em elaboração

 

Imagem gerada por IA (leonardo.ai)


Manual de Perícia em Extratos Bancários

Importância e proposição de método para realização de perícias que envolvem extratos bancários de instituições financeiras distintas

Douglas Silva Carvalho

PRÓLOGO

Este manual teve origem no trabalho de conclusão do curso de Perícia Contábil que fiz na Faculdade Unyleya e que focalizou o tema da perícia contábil judicial realizada em extratos bancários buscando identificar se é possível fazer uma perícia contábil judicial adequada e segura em extratos bancários diante das diferenças existentes entre os documentos fornecidos por instituições bancárias distintas. A multiplicidade de formatos dos extratos bancários exige muita atenção e pesquisa por parte do perito judicial para a emissão segura e precisa de seu parecer contábil. O estudo objetivou demonstrar como realizar uma perícia judicial contábil em extratos fornecidos por bancos diferentes que permita a emissão de opinião adequada aos normativos vigentes e com a segurança que a prestação judicial requer. De forma subjacente, o trabalho também proporcionou demonstrar a importância da perícia em extratos bancários para a segurança da decisão judicial, conhecer as diferenças entre extratos emitidos por bancos diversos, avaliar como as diferenças existentes entre extratos emitidos por bancos diversos interferem na perícia.

Aquele trabalho foi transformado neste manual, com acréscimos e alterações exigidos pelo passar do tempo e pelo surgimento de novas ideias e ferramentas. Durante a elaboração, deparei-me com uma carência inesperada na literatura disponível, pois as escassas obras nacionais sobre o assunto não exploravam a perspectiva que eu buscava para meu estudo. No entanto, essas visões coletadas desempenharam um papel crucial na formação dos conceitos e na criação de conteúdo a partir da prática e de analogias com outros tipos de perícia e de auditoria, função que exerci por quase duas décadas em uma grande instituição financeira nacional.

Como resultado desse trabalho de pesquisa e criação, será apresentado um método para realização de trabalhos periciais em extratos bancários emitidos em instituições diferentes. Sem dúvida, e sem a pretensão de esgotar a matéria, entendemos que o aprofundamento na pesquisa e estudo dessa matéria pode trazer luz sobre o vácuo existente com consequentes benefícios para a área da perícia judicial. Por isso, ao final desta obra, são oferecidas conclusões e algumas sugestões que pretendem incentivar aprofundamentos futuros ou novas perspectivas de abordagem sobre o tema.


sábado, 11 de novembro de 2023

Manual do conselheiro Fiscal de clube esportivo - Introdução

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Manual do conselheiro Fiscal de clube esportivo

Introdução

Neste manual, exploraremos a complexa jornada da gestão nos clubes esportivos, destacando o papel crucial dos conselhos fiscais na garantia da saúde financeira e da governança. Ao navegar por seus capítulos, conheceremos a essência do trabalho de um conselheiro fiscal, explorando conceitos, práticas e exemplos que ajudarão a moldar a governança e cultivar uma gestão financeira sólida, responsável e orientada para o sucesso dos clubes esportivos no Brasil, priorizando a sua sustentabilidade e longevidade.

A evolução da gestão de clubes esportivos, notadamente no que diz respeito à necessidade de acompanhamento e avaliação de resultados, profissionalização da gestão e prestação de contas, provocada pela evolução das próprias ideias de administração de empresas e do mercado, trouxe para as entidades esportivas brasileiras – marcadas por gestões personalistas, centralizadoras e tendentes a serem imunes à fiscalização –, a necessidade de acompanhar as mudanças, profissionalizar sua gestão e implementar adaptações aos novos tempos.

No vasto universo do entretenimento, o esporte desponta como uma paixão global que transcende fronteiras e culturas. No entanto, por trás dos jogos emocionantes e das rivalidades ardentes, existe uma complexa máquina de gestão financeira que sustenta os clubes e suas operações. Ao longo dos anos, a evolução da gestão esportiva tem demonstrado a necessidade premente de abordagens sólidas e transparentes na administração financeira dos clubes esportivos. Dos tempos em que as finanças eram muitas vezes negligenciadas, passamos a uma era em que a eficiência financeira e a transparência são vitais para a sobrevivência e sucesso de um clube. A crescente complexidade das operações, o aumento das demandas de compliance e a pressão por resultados financeiros positivos têm exigido uma nova abordagem na administração dos recursos do clube. O mercado e outras partes interessadas passaram a voltar suas atenções para o que acontecia nos clubes esportivos, e de futebol, em especial, responsáveis por manejar questões que envolvem valores vultosos e pelo trato com públicos formadores de opinião, e sentiram a necessidade de obter informações sobre a adequação dos procedimentos e a eficácia dos seus resultados.

Os conselhos fiscais, por sua vez, antes vistos como órgãos policialescos – numa visão até razoável, mas distante da realidade brasileira, cuja subserviência era e ainda é (desejamos que mude!) a característica marcante –, com a evolução da regulamentação e das técnicas de análise das demonstrações contábeis e processos internos das entidades, passou a ser considerado um aliado na melhoria dos processos internos e na gestão dos riscos incidentes nas atividades dos clubes. Por tender a ser dotado de membros com conhecimento profundo das atividades, rotinas e normas do clube (isso vai depender da forma como os conselheiros fiscais são escolhidos, o que pode variar muito de clube para clube), além de formação acadêmica e profissional esmerada, atualizada conforme a área de atuação, o conselho fiscal tornou-se, naqueles clubes que não possuem auditoria interna, a unidade organizacional interna mais indicada para a emissão de opinião independente e objetiva sobre o sistema de controles internos, a gestão de riscos e a governança da empresa.

No cenário atual, onde os clubes esportivos se assemelham a verdadeiras empresas, a importância dos conselhos fiscais se tornou inegável. Esses órgãos desempenham um papel crítico na vigilância das operações financeiras e na garantia da transparência, contribuindo para a construção de um ambiente saudável de governança corporativa. Ao trazerem uma perspectiva independente e objetiva, os conselhos fiscais asseguram que as decisões financeiras estejam alinhadas aos melhores interesses do clube e de seus stakeholders[1]. O conceito de conselhos fiscais não é estranho ao mundo empresarial. Empresas de diferentes setores há muito reconhecem a importância desses órgãos na supervisão financeira e na prevenção de irregularidades. As lições aprendidas nesses contextos podem ser valiosas ao se implementar um conselho fiscal em um clube esportivo. A adaptação desses princípios ao ambiente esportivo pode fortalecer ainda mais a governança e a gestão financeira dos clubes. A estrutura jurídica de um clube, seja uma Sociedade Anônima de Futebol (SAF) ou uma associação, pode influenciar a atuação do conselho fiscal. É importante compreender as particularidades de cada modelo para adequar a abordagem de fiscalização e monitoramento.

Esta obra pretende trazer sugestões para auxiliar na efetividade da atuação do conselho fiscal e destacar a relevância do órgão para o sistema de governança corporativa dos clubes esportivos.

O escopo das atividades de um conselho fiscal em um clube esportivo vai muito além da simples análise de relatórios financeiros. Além de monitorar os aspectos contábeis e financeiros, eles também devem compreender a estratégia do clube, os objetivos de longo prazo e a gestão dos riscos operacionais e reputacionais. As referências aos conselhos fiscais em geral, notadamente na esfera empresarial, são imperiosas para entende-los como componente de um sistema de controles internos, de gestão de riscos e, principalmente, de governança corporativa. Passaremos rapidamente sobre as competências, responsabilidades e relacionamentos que podem fazer parte da vida do conselho fiscal e seus conselheiros.

Analisaremos o quanto a atividade do conselho fiscal é importante para os clubes, principalmente na gestão de riscos, na sustentação da governança corporativa e para a salvaguarda da ética e do patrimônio. A sustentação da governança corporativa num clube esportivo é a base para o sucesso a longo prazo, representando o alicerce sobre o qual um clube esportivo deve se apoiar para alcançar a estabilidade e o sucesso sustentável. Através da transparência, responsabilidade e integridade, a governança corporativa estabelece diretrizes para as operações do clube. Os conselhos fiscais, como guardiões dessa governança, garantem que os princípios éticos sejam mantidos no centro das atividades financeiras. Por outro lado, a gestão de riscos é uma componente crucial da governança financeira de um clube esportivo. Os riscos associados a transações, contratos de jogadores e de fornecedores, receitas e despesas devem ser identificados, avaliados e geridos de forma proativa. Os conselhos fiscais desempenham um papel central na avaliação desses riscos, assegurando que o clube esteja preparado para enfrentar desafios financeiros imprevistos. Importante aspecto a ser analisado é o da abrangência do trabalho do conselho fiscal, no que diz respeito a atingir todas as áreas e processos do clube ou ser possível que alguma delas esteja imune a sua atuação. Outra questão relevante perpassa na avaliação da existência de interferências no conselho fiscal oriundas de outras áreas – ou da própria área –, em que aspectos isso acontece e quais os impactos decorrentes disso nos resultados dos trabalhos. Destacaremos a necessidade de respeito aos princípios basilares da independência e da objetividade do trabalho do conselheiro fiscal, primordiais para que o resultado tenha efetivo valor agregado. A independência e objetividade são fundamentais para o sucesso de um conselho fiscal. Os conselheiros fiscais devem manter-se livres de influências externas, agindo de forma imparcial na avaliação das finanças do clube. Isso garante que as decisões sejam baseadas em análises justas e precisas. Aspecto importante que também será tratado é o da indicação de que os conselheiros fiscais tenham conhecimento técnico – seja teórico, seja prático, melhor ainda se forem os dois – suficientes para a execução segura dos trabalhos. Um capítulo deste livro tratará especificamente das práticas e procedimentos que, em nosso entendimento, são suficientes para a entrega de um bom resultado.

Por fim, tentaremos montar a ideia do que seria um conselho fiscal ideal para os clubes esportivos brasileiros, com o cuidado de respeitar o tamanho, as regionalidades e a cultura específicas de cada um. Mostraremos uma proposta de planejamento para os trabalhos do conselho fiscal. Abordaremos quais seriam os processos internos que devem ser avaliados pelos conselheiros fiscais, sugerindo um modelo de instrumental de trabalho que possa ser capaz de avaliar a eficiência, efetividade e adequabilidade dos processos avaliados. Serão tecidas algumas considerações e apresentadas sugestões sobre a execução e a conclusão dos trabalhos de análise e fiscalização a serem feitos pelo conselho fiscal. Um conselho fiscal ideal para clubes esportivos brasileiro deve ser moldado pelas características únicas do contexto nacional. Respeitando a diversidade regional e a cultura esportiva, ele deve ser composto por membros com conhecimento técnico e um compromisso inabalável com os valores do clube.

Ao final, serão apresentadas as conclusões sobre os assuntos abordados nesta obra e novas possíveis questões e sugestões de temas que poderão servir de objeto para trabalhos futuros.

Foram fundamentais para a elaboração deste livro as obras publicadas pelo Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), que recomendamos uma leitura atenta a todos.

Esta obra não pretende esgotar o assunto e está sujeita às suas críticas e sugestões (no final do livro, você encontrará como fazer isso). Nosso desejo é de contribuir para o desenvolvimento do conhecimento relativo a tão importante órgão, de forma que sua atuação seja efetiva e não apenas o mero cumprimento de uma formalidade.



[1] Stakeholders são todas as partes interessadas em uma organização, como acionistas, clientes, funcionários e comunidade local, que influenciam ou são influenciadas pelas decisões e atividades da empresa. O engajamento eficaz com os stakeholders é fundamental para a sustentabilidade e a reputação das organizações, permitindo uma gestão mais responsável e alinhada com as expectativas de diversas partes interessadas.

 





quinta-feira, 9 de novembro de 2023

Manual do conselheiro fiscal de clube esportivo (Parte 1) - Prólogo

 

Imagem gerada por IA (https://app.leonardo.ai)

Manual do conselheiro Fiscal de clube esportivo

Como implantar, regrar, gerir, planejar e fperacionalizar um conselho fiscal atuante, fiscalizador e independente em clube esportivo no Brasil.

Minha jornada no estudo dos conselhos fiscais em clubes esportivos teve início em 2017, quando fui eleito para a função de conselheiro fiscal do Esporte Clube Bahia. Naquela época, eu havia acabado de encerrar minha atuação como auditor interno no Banco do Brasil e embarcado em uma nova empreitada como professor em um curso de pós-graduação em gestão esportiva, onde lecionei sobre governança corporativa.

Durante a elaboração deste livro, deparei-me com uma carência inquietante na literatura disponível. As escassas obras nacionais sobre o assunto não exploravam a perspectiva que eu buscava para meu estudo. No entanto, essas visões coletadas desempenharam um papel crucial na formação dos conceitos e na criação de conteúdo a partir da prática e de analogias com outros tipos de conselhos fiscais, em especial aqueles presentes em sociedades anônimas, bem como com outras entidades que exercem funções similares, embora em contextos diferentes, como as auditorias internas e externas e os órgãos de fiscalização externa.

O trabalho como conselheiro fiscal do Bahia foi excelente para vivenciar na prática tudo o que estava pesquisando e criando. No entanto, as atividades do Conselho Fiscal e meu trabalho no Banco do Brasil absorviam o tempo que planejei destinar à escrita do livro, o que me fez suspender sua elaboração. Com meu mandato chegando ao fim em 2020, e tendo decidido não me reeleger, vislumbrei retomar a escrita. No entanto, outras demandas me fizeram mais uma vez adiar o prosseguimento para outra época.

Chegou 2022 e decidi retomar a escrita do livro, o que me levou a revisar e replanejar tudo, pois muita coisa mudou no cenário esportivo, especialmente com a implantação das chamadas sociedades anônimas do futebol (SAF). Assim, iniciei um novo período de pesquisa. Em agosto de 2023, decidi colocar meu nome em referendo para retornar ao Conselho Fiscal do Esporte Clube Bahia, agora, sem o futebol, devido à instituição da sua SAF e à aquisição de 90% da sociedade pelo City Football Group. Empossado em outubro, escrevi muitos novos itens e incorporei outros tantos procedimentos que não estavam presentes lá no início do projeto.

Este Manual, sem a pretensão de esgotar a matéria, trata da função do conselho fiscal em clubes esportivos, buscando definir sua relevância, analisar a necessidade de sua implementação e aceitação, apresentar elementos para uma atuação eficaz e propor elementos de pesquisa sobre a operacionalização e desempenho dessa importante função.

Ao final desta obra, são oferecidas conclusões e algumas sugestões que pretendem incentivar aprofundamentos futuros ou novas perspectivas de abordagem sobre o tema.

Espero que esta jornada de exploração e análise contribua para o enriquecimento do conhecimento sobre a importância crucial dos conselhos fiscais nos clubes esportivos e no cenário mais amplo da governança corporativa.

 

Palavras-chave: conselho fiscal. Conselheiro Fiscal. Clube Esportivo. Clube esportivo. Gestão Esportiva. Auditoria. Governança. Sociedade Anônima do Futebol. SAF. Futebol brasileiro.


Comentário: este texto faz parte do Prólogo do livro. 

quarta-feira, 18 de outubro de 2023

A escolha do primeiro livro 2

 

Imagem gerada por IA (https://app.leonardo.ai/)

Decidi escrever e publicar um livro.

Escrevi esta frase pela primeira vez aqui, neste mesmo blog, em 7 de fevereiro de 2019 (veja aqui). 😬

Naquela época, parecia apenas uma dessas vontades que surgem quando alguém se aproxima dos 50 anos. E, bem, era exatamente isso! hehehe! Acabei deixando esse projeto de lado por conta de uma série de acontecimentos, os quais não vale a pena mencionar agora.

Naquele momento, pensei em utilizar o trabalho de conclusão do meu MBA, entregue em 2012 e muito elogiado na época pela banca examinadora, inclusive com a indicação de que deveria ser publicado, dada a carência de obras sobre o assunto (auditoria em departamentos jurídicos). Não abandonei completamente essa ideia (até porque já havia produzido muito para esse propósito), mas minha atenção foi redirecionada para o papel dos conselheiros fiscais em clubes esportivos.

Como compartilhei em outro blog (veja aqui), fui eleito Conselheiro Fiscal do Esporte Clube Bahia para o mandato de 2023 a 2026, retornando à casa depois de três anos (também fui Conselheiro Fiscal no mandato 2017-2020). Esse retorno me fez resgatar outro projeto que havia começado há tempos: o Manual do Conselheiro Fiscal em Clube Esportivo (😏ok, prometo me esforçar um pouco mais para ser criativo ao nomear os livros... hehehe).

A proposta do Manual é oferecer tanto conhecimentos teóricos quanto práticos para o desenvolvimento das atividades nos conselhos fiscais de clubes esportivos nacionais, desde sua implantação até exemplos de ferramentas para auxiliar o trabalho dos conselheiros. Espero poder atingir esses objetivos.

Planejo compartilhar aqui e no LinkedIn alguns resumos de partes do livro. Espero que apreciem e que isso possa proporcionar boas oportunidades para discussões e comentários sobre o assunto.